Rondonópolis e Várzea Grande, por exemplo, duas grandes cidades do Estado, não inscreveram representantes para o trabalho orientativo

Várzea Grande e mais 11 municípios de Mato Grosso não se inscreveram para receber a capacitação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) a respeito de transição de administração. Para o conselheiro Valter Albano, essas cidades começam o ano no prejuízo. “Esses municípios já iniciam perdendo, porque este processo é de extrema importância tanto para a atual administração quanto para a futura. Todos saem perdendo, inclusive a população”.

Além da cidade industrial, também não compareceram ao evento e nem mandaram representantes os prefeitos atuais e eleitos de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, Alto Paraguai, Glória D’Oeste, Juruena, Matupá, Nova Brasilândia, Novo São Joaquim, Peixoto de Azevedo, Tesouro e Torixoréu. “Rondonópolis, por exemplo, tem um histórico muito afastado das iniciativas do Tribunal de Contas. Tenho certeza de que o prefeito eleito, se fosse devidamente assessorado, teria, ao menos, mandado um representante”.

O evento teve início na manhã de ontem (7) e perdura até hoje (8). O objetivo da Corte de Contas é garantir a continuidade dos serviços públicos prestados à sociedade. A iniciativa contou com a parceria da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). De acordo o presidente da instituição e atual prefeito de Acorizal, Meraldo de Sá (PSD), o TCE contribui com a municipalidade do Estado.

“É uma orientação, principalmente no que diz respeito ao fechamento de contas e no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. O TCE hoje se abre para a sociedade e para os municípios e, junto com a AMM, tem orientado muitos prefeitos, e isso pode ser verificado por meio das contas dos municípios. A reprovação das contas praticamente acabou. Ou seja, o TCE trabalha muito mais de forma orientativa do que de forma punitiva”.

A questão financeira também foi ressaltada pelo presidente do Tribunal, conselheiro José Carlos Novelli. “Os novos prefeitos precisam conhecer o orçamento que vão executar em 2013 para também poder elaborar seu planejamento. Por isso, é necessário que haja uma interação entre o atual prefeito e o eleito”.

O prefeito eleito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), acredita que não terá problemas no que diz respeito à transição e admite que o maior desafio de sua gestão se refere à capacidade financeira do município.

“Um bom administrador é aquele que consegue fazer mais com o mesmo recurso, e isso pode chegar no limite do impossível”, destacou Mauro.

Fonte: KAMILA ARRUDA / Diario de Cuiaba